jan 31

Uma das atividades mais importantes num centro de distribuição hoje é, sem dúvida, a de picking – que significa a separação e coleta de um mix de determinados produtos em quantidades específicas de acordo com pedidos dos clientes. Estima-se que cerca de 50% da mão de obra num centro está relacionado ao picking. Mas qual sua importância estratégica na cadeia logística e os principais desafios da área?

 

Com o passar dos anos, os clientes de logística foram diversificando suas atividades e tornando seus processos de armazenagem e distribuição mais complexos, com maior variedade de produtos, menores níveis de estoque, prazos de ressuprimento cada vez mais apertados, além de novas modalidades como entrega em domicílio e compras online. Neste novo contexto é fundamental que os centros de distribuição ofereçam operações mais flexíveis que assegurem a qualidade e entrega dos produtos.

 

Foi então que as empresas de logística reestruturaram suas operações e os grandes centros de armazenagem, cuja principal finalidade era apenas estocar mercadorias, foram dando lugar aos centros de distribuição, cujo foco central está na atividade de picking. Entretanto, a depender da natureza de cada operação existe uma modalidade distinta de picking que se adeque melhor. As principais podem ser classificadas nas seguintes categorias:

 

– Discreto: aqui apenas um funcionário é responsável pela separação das mercadorias, num pedido por vez. Esse método oferece uma baixa margem de erro, contudo acarreta num maior tempo de operação.

 

– Por onda: os pedidos são agrupados e sua coleta é feita de acordo com um agendamento prévio, mas semelhante ao discreto aqui também cada operador é encarregado de recolher apenas um tipo de produto por vez.

 

– Por lote: os pedidos aqui também são acumulados e sua coleta é feita num mesmo momento de acordo com produtos em comum. Em seguida, o operador separa a quantidade de produtos para cada pedido específico, de modo que são realizados simultaneamente. Esta metodologia apresenta uma margem de erro um pouco maior, embora seja altamente produtiva.

 

– Por zona: o armazém é separado por categorias de produtos, de modo que as coletas são feitas por zonas específicas e o processo só é concluído quando todas as separações são feitas. A vantagem aqui é que os operadores se tornam especialistas em diferentes setores, o que economiza tempo na operação.

 

Mas seja qual for a modalidade utilizada, algumas práticas fazem toda a diferença na hora de encarar os desafios logísticos dessas operações. Adotar boas práticas de gestão de estoque, ter um bom endereçamento logístico que facilite localizar a mercadoria e investir em tecnologia capaz de auxiliar nos sistemas de gestão, controle e gerenciamento são diferenciais que tornam qualquer operação mais competitiva no mercado. “Aqui na Logic adotamos o Warehouse Management System, mais conhecido como WMS, que integra nosso sistema de coleta e controle de dados. De forma simples e rápida conseguimos criar ordens de pedido e ver o que foi separado, acompanhamos em tempo real o fluxo de todos os processos. Temos a opção no nosso sistema de realizar o picking by voice – modelo ideal para operações específicas, como por exemplo a linha de cosméticos.  O resultado é que garantimos uma operação eficaz e transparente”, conclui o diretor de operações Francisco Snoeck.

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