O mercado digital tem crescido exponencialmente e junto a ele desponta uma forte tendência que, ao que tudo indica, veio para ficar: o omnichannel, ou seja, a convergência de todos os canais de vendas utilizados pela empresa, sejam eles virtuais ou físicos. No entanto, nem tudo é um mar de rosas e há desafios a sempre enfrentados pelas empresas que pretendem ganhar espaço no ecommerce.
Segundo recente pesquisa divulgada pela PayPal e pela BigData Corp., o número de sites de vendas no Brasil chegou a 930 mil este ano, representando um crescimento de 37,59% em relação ao levantamento feito em 2018.
O poder do ecommerce parece estar atraindo cada vez mais empreendedores que desejam ampliar o alcance de seus negócios, entretanto a tarefa de integrar os canais de venda é ainda um desafio para o varejo. A pesquisa aponta também que apesar do forte crescimento do mercado, os ecommerces brasileiros têm vida média de 487 dias, o que indica ser necessário uma preparação para encarar o segmento.
A Atual Auto Peças, líder no segmento de autopeças no estado de Minas Gerais, tem previsão de lançar seu ecommerce em outubro deste ano e trabalha com a expectativa que o negócio possa agregar no primeiro ano de maturação uma receita de 30%. Para isso, a empresa tem passado por adequações.
Segundo Charles Sales, diretor da Atual, o maior desafio enfrentado na implantação do negócio é a logística de entrega dos produtos. “Estamos passando por um grande processo de adequação interno, principalmente em termos de controle de gestão de estoque e de capacitação de pessoal. Além disso, estamos avaliando a abertura de um centro de distribuição e a entrada de uma startup para suprir a demanda logística. A Atual tem um vasto mix de produtos e preços competitivos, mas sabemos da importância de nos mantermos atualizados no mercado com as novas tendências.”
O canal de vendas pretende complementar o serviço que a empresa já desenvolve, tendo o cliente, por exemplo, a opção de iniciar suas compras virtualmente e finalizar retirando os produtos em alguma das lojas físicas.
Se por um lado a logística é fundamental na fidelização do cliente, o diretor acredita que de nada adianta se não houver um bom relacionamento entre a empresa e os compradores, através do atendimento e de uma resposta rápida diante de suas solicitações. “Além da questão de receita e do faturamento, acreditamos que o ecommerce vai trazer mais visibilidade para nossa marca e acima de tudo agilidade e comodidade para os nossos clientes”, finaliza.
Fonte: Exame